A Macroeconomia do Setor Externo - Graduação Inteligente

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domingo, 3 de abril de 2016

A Macroeconomia do Setor Externo

A Macroeconomia do Setor Externo

Sob o ponto de vista econômico, comumente divide-se o estudo das relações econômicas internacionais em dois grandes blocos: a: teorias de comercio e a macroeconomia aberta. Nas teorias de comercio, estuda-se o padrão do comercio entre os países quem exporta o que e para quem. Estão presentes nessa abordagem a ideia de vantagens comparativas e politicas comercial, entra outros aspectos. Já na macro economia aberta, as analises estão voltadas para a determinação da taxa de cambio e o significado do balanço de Pagamentos, além de outras questões macroeconômicas. Neste capitulo, introduziremos alguns conceitos da macroeconomia aberta. 

TAXA DE CAMBIO E POLITICA CAMBIAL

Quando falamos de comercio entre paises, devemos levar em conta que eles apresentam moedas diferentes. Surge, então, a necessidade de uma medida ou taxa de conversão entra as moedas. Essa medida nos leva ao conceito de taxa de cambio. Apesar de o conceito considerar a expressão "taxa", na verdade podemos considerar a taxa de cambio como um preço. Assim, por exemplo, se pudermos comprar "US$ 1,00 por R$ 1,70", então neste caso diremos que a taxa de cambio é de R$ 1,70 por US$1,00.

REGIME CAMBIAIS

Entende-se por regime cambial o modelo de taxa de cambio que o pais adota. Os regimes cambiais podem ser basicamente classificados em três categorias: regime da taxa de cambio flutuante, de taxa de cambio fixo e de bandas cambiais.

No regime de cambio fixo, o Banco Central fixa antecipadamente a taxa de cambio, com a qual o mercado deve operar. Nessa situação, eke se obriga a disponibilizar as reservas para o mercado, quando requisitadas (pelos exportadores, turistas, saídas de capital financeiro etc.). Ou seja, no regime de taxa de cambio fixo, o Banco Central é obrigado a comprar e vender a uma taxa preestabelecida.

No regime de cambio flutuante, a taxa de cambio é determinada pelo mercado, por meio da oferta e da demanda de moeda estrangeira. Nesse caso, a oferta é suprida pelos exportadores e pelas pessoas ou empresas que trazem divisas do exterior. Já a demanda é formada pelos importadores e por aqueles que necessitam de divisas para enviar ao exterior.

Pode-se ter ainda um sistema intermediário entra os regimes de cambio fixo e flutuante. Trata-se do regime de bandas cambiais. Nesse regime, o Banco Central determina um parâmetro fixo minimo e máximo entre os quais a taxa de cambio pode variar livremente. Por exemplo, a taxa pode estar entre 1,10 e 1,20. Entre esses dois valores, a taxa de cambio flutua livremente. Nos extremos, o Banco Central intervém no sentindo de manter a taxa dentro da banda cambial estabelecida. Tal regime foi adotado pelo Brasil no período posterior a implantação do Plano Real e vigorou até inicio de 1999, quando o pais passou a adotar um regime de cambio flutuante.

TAXA DE CAMBIO E INFLAÇÃO

Quando ocorre uma valorização da moeda nacional (ou valorização cambial), o preço dos bens importados tende a cair. Além disso, os residentes do pais passam a importar mais, aumentando, assim, a competição do produto importado com os produtos nacionais, cujos preços precisam ser mantidos em níveis competitivos, desestimulando os empresários a elevar os preços de seus produtos. Ou seja, a valorização cambial permite "ancorar" os preços internos e reduzir a taxa de inflação. Essa pratica pode ser denominada ancora cambial. De fato, a valorização cambial foi um instrumento bem-sucedido aplicado no Brasil para o controle da inflação após a implantação do Plano Real em 1994.

ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS

O Balanço de Pagamentos é o registro contábil de todas as transações econômicas realizadas entre os residentes do pais com os residentes dos demais países.

Desse modo, estão registrados no Balanço de Pagamentos, por exemplo, todas as exportações e importações do período considerado, os fretes, os seguros, os empréstimos obtidos no exterior etc. isto é, todas as transações com mercadorias, serviços e capitais físicos e financeiros entre o pais e o resto do mundo.

Balança Comercial: Essa conta compreende basicamente o comércio de mercadorias.

Serviços e Rendas (antes denominada balanço de serviços): Registram-se todos os serviços pagos e/ou recebidos pelo Brasil, tais como fretes, seguros, lucros, juros, royalties, assistencia técnica e viagens internacionais.

Transferências unilaterais correntes: Também conhecidas como conta de donativos, registram as doações interpaíses.

Balanço de transações correntes: O somatório dos balanços comercial, de serviços e de transferências unilaterais resulta no saldo em conta corrente e/ou balanço de transações correntes.

Conta de capital e financeira: Na conta de capital, aparecem as transações quem produzem variações no ativo e no passivo externos do país e que modificam a sua posição devedora ou credora perante o resto do mundo.

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