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terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Tipologia de Ambientes

O ambiente é único para todas as empresas. No entanto, cada organização se relaciona com uma parcela do ambiente que apresenta características peculiares e necessárias ao seu negócio.

Há organizações que atuam em segmentos homogêneos nos quais fornecedores, clientes e concorrentes são semelhantes e há aquelas que atuam em ambientes heterogêneos nos quais fornecedores, clientes e concorrentes são diferentes, o que provoca uma diversidade de problemas.

Há ainda organizações que atuam em segmentos ambientais estáveis, ou seja, caracterizado por pouca ou nenhuma mudança. Essas mudanças, quando ocorrem, são lentas e previsíveis. Já outras atuam em ambiente de tarefa em que os personagens e as condições do ambiente estão em constantes mudanças, formando um campo dinâmico de forças.


Quanto mais estável o ambiente de tarefa, menores são as mudanças impostas, o que pode transformar a organização em organismo burocrático e conservador. Mas, se o ambiente é instável, maiores são os problemas que a organização enfrenta com as mudanças, isso a transforma em uma organização mutável e inovadora.

Na síntese de Maximiano (2000, p. 383) temos:

Ambiente estável: ambiente estável é aquele no qual as mudanças são lentas ou imperceptíveis. A legislação não se altera, a economia é estável, os clientes têm comportamento regular e previsível, a concorrência inexiste ou é a mesma sempre. Ambientes assim são pouco desafiadores e não oferecem riscos para as organizações.

Ambiente instável: quanto mais instável, mais turbulento é o ambiente. Altas taxas de mudança econômica, concorrência agressiva, governo tomando decisões rápidas e frequentes, e sociedade em transformação são alguns exemplos que caracterizam ambientes turbulentos.

De acordo com o enfoque sistêmico, o papel da administração consiste em coordenar os subsistemas com o ambiente, como forma de procurar alcançar a eficácia global da organização.

O imperativo ambiental

Chiavenato (2004) destaca a pesquisa de Burns e Stalker em indústrias inglesas para verificar a relação entre práticas administrativas e o ambiente externo dessas indústrias.

Os diferentes procedimentos adotados em cada uma delas permitiram classificá-las em duas categorias: organizações mecanicistas e orgânicas, cujas características estão sintetizadas na Tabela 1.


A globalização dos mercados e o crescente desenvolvimento da tecnologia têm transformado ambientes ora estáveis em ambientes dinâmicos. Por isso, a preocupação das organizações com a competitividade é crescente. Portanto, há uma tendência das organizações se tornarem orgânicas, ou seja, para sobreviver precisam ser flexíveis e inovadoras.
Mas como saber se a organização está bem adaptada ao seu ambiente?

Os administradores precisam utilizar medidas de desempenho para realizar esse diagnóstico. As medidas de desempenho utilizadas por eles são apresentadas a seguir.

Eficiência

A eficiência de um sistema depende de como seus recursos são utilizados. É o modo certo de fazer algo. Deve estar contida no trabalho do administrador para que ele atinja as metas esperadas. Consiste no melhor método de realizar uma tarefa sem despender desnecessariamente de tempo, dinheiro, matéria-prima e recursos humanos.
Uma empresa pode esperar melhoria da eficiência quando fornece treinamentos aos seus funcionários, adquirem máquinas modernas ou escolhe um novo e melhor fornecedor. A eficiência é uma medida de desempenho que envolve variáveis de dentro do sistema, veja a Figura 6.
As medidas de eficiência são os valores encontrados de produtividade e qualidade.


Eficácia

Em ambientes cada vez mais competitivos não basta ser eficiente. A organização precisa atingir os objetivos que planejou. Deve concluir as tarefas atingindo as metas previstas. De nada adianta aumentar ou melhorar a produção se as vendas caírem.
Em outras palavras, a eficácia é medida pelos resultados, mas esses dependem de toda a cadeia produtiva, veja a Figura 6.
Para avaliar o grau de eficácia de um sistema, é necessário saber quais são os objetivos e quais os resultados de fato encontrados.

Na verdade, a organização deve buscar tanto a eficiência quanto a eficácia, ou seja, deve gastar o menos possível (eficiência) e atingir o maior resultado (eficácia).

O valor da informação

Você já deve ter ouvido falar que estamos na Era da Informação. 

Muitos teóricos acreditam que uma sucessão de fatos como as invenções do microprocessador, a rede de computadores, a fibra óptica e o computador pessoal justificam a passagem da Era Industrial para essa nova Era.
Hoje, obter informação é fundamental para a empresa conhecer e utilizar novas tecnologias, aproveitar oportunidades e planejar suas atividades.
Em um contexto de crescente competição e de complexidade dos ambientes geral e de tarefa, a organização precisa conseguir melhores recursos e maximizar sua utilização.
Poder contar com maiores e melhores informações reduzem a incerteza na tomada de decisão ao buscar esses objetivos.
Atualmente, uma empresa não funciona sem informação e mais importante ainda, não sobrevive sem sua correta utilização. A tomada de decisão depende da rapidez, suficiência e correção dos sistemas responsáveis por obter e disseminar a informação.
Por isso, quando você for responsável pela administração de um negócio, deve entender que a organização é um sistema, e dependente das forças do ambiente de tarefa e sujeita às incertezas de um ambiente geral turbulento.
Para que a organização sobreviva e cresça, você terá que ser um profissional bem informado. Deverá haver em sua organização um sistema de informações gerenciais que garanta a tomada de decisão eficiente e eficaz. Neste curso você conhecerá como se desenvolvem esses sistemas em disciplinas como Informática aplicada à gestão, Sistemas de informação e Sistemas Integrados de gestão.

Consequências do enfoque sistêmico sobre a prática de administração

Maximiano (2000) destaca:

  1. O enfoque sistêmico melhorou a visão da organização. Agora o administrador pode enxergar o todo, ou seja, pode ter uma visão holística, que lhe permite entender a complexidade dos problemas enfrentados pela organização;
  2. Mostra a importância de o administrador considerar o ambiente antes de tomar decisões;
  3. Consolidou a abordagem contingencial na medida em que tanto as práticas administrativas quanto a estrutura organizacional passam a ser dependentes da sintonia com o ambiente;
  4. Facilitou a administração estratégica a partir da visão dos elementos que constituem o sistema e seus ambientes.


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