Para uma compreensão quanto ao uso da contabilidade de custos como ferramenta de gestão é preciso reportar-nos à contabilidade para entendermos quais são as regras e os fundamentos que devem ser lembrados quando se utilizarem os conceitos e a aplicação da gestão dos custos para tomada de decisão na empresa.
Como ponto de partida, vale ressaltar que a contabilidade é uma ciência com o objetivo de mensurar, registrar, interpretar e avaliar as mudanças que possam vir a ocorrer na estrutura patrimonial de uma organização. Isso significa dizer que a contabilidade fornece aos seus usuários dados e informações sobre a situação econômica e financeira da empresa.
Muito bem. Se a contabilidade tem como foco de trabalho o patrimônio, o que vem a ser patrimônio então? Podemos resumir que o patrimônio se refere a tudo o que uma entidade possua de bens e direitos, e tudo aquilo que possua de obrigações, ou seja, o patrimônio é formado por tudo que uma empresa tem e tudo o que esta possui em dívidas.
Para estruturar o patrimônio de uma entidade, a regra estabelece que todos os bens e direitos existentes sejam denominados como “ativo”. Todas as obrigações da entidade, por sua vez, serão chamadas de “passivo”. Percebe-se, nesse sentido, que a classificação dos elementos patrimoniais deve obedecer às regras de classificação que demonstra a dimensão patrimonial das organizações.
É importante ressaltar que, considerando-se a separação dos elementos patrimoniais em ativo e passivo, dentro desses dois grupos, os itens são classificados também em itens de curto prazo, denominados circulantes, e itens de longo prazo, denominados não circulantes.
É uma maneira de organizar os dados do patrimônio a fim de permitir a interpretação. Além dessa separação que deve ser feita, as entidades mensuram a performance obtida dentro de um determinado período. A contabilidade as classifica como elementos de resultados, ou seja, tudo o que a empresa gera de faturamento e todo o gasto gerado em função das atividades propiciarão um resultado positivo ou negativo.
Nesse contexto, os eventos financeiros gerados pelas entidades devem ser registrados em sua contabilidade, obedecendo aos princípios que regem essas contabilizações, de maneira que possam atender aos preceitos da evidenciação aos quais toda entidade está obrigada a proceder no tocante ao processo de prestação de contas.
De que maneira, então, as entidades fazem essas evidenciações? As demonstrações financeiras correspondem ao caminho pelo qual se apresenta essa “prestação de contas” das entidades para a sociedade. Trata-se de uma representação monetária, de forma estruturada, sobre as transações realizadas por uma entidade a cada período.
Em razão disto, a legislação brasileira, especificamente na Lei n. 6.404/1976, estabelece um conjunto de regras sobre essa “prestação de contas” das entidades, em que as demonstrações financeiras obrigatórias ou facultativas, a partir do formato definido pela lei, dependem da natureza jurídica das entidades bem como da finalidade social na qual essas entidades estão enquadradas.
Dentre as demonstrações financeiras previstas na legislação, o Balanço Patrimonial e o Demonstrativo do Resultado do Exercício são as principais fontes de informações, quando da contabilidade de custos, pois neles é que estão contidos dados e informações pregressas, que possibilitam ao gestor compreendê-las para prospectar o futuro.
Portanto, percebemos que a contabilidade é a base para as discussões dos assuntos relacionados às finanças. O sucesso no gerenciamento dos custos de uma entidade passará pelo nível de conhecimento que o gestor possa vir a ter com os aspectos contábeis relacionados à atividade das organizações.
Compreendendo, então, o papel da contabilidade como um todo, por que estudar a contabilidade de custos? Cada vez mais as organizações dependem do acesso rápido às informações. Esse tempo de resposta deve ser cada vez mais curto, razão pela qual deve haver rapidez no processamento das informações.
Se as estratégias adotadas pelas empresas requerem uma ação mais rápida, então o fluxo de circulação das informações deve ser cada vez maior. Entretanto, os fatores de extrema importância serão a qualidade das informações que circulam e a qualidade da interpretação destas por parte dos profissionais no exercício de suas atividades nas organizações.
É neste contexto que surgiu a contabilidade de custos: ela nasceu da necessidade de as indústrias estabelecerem uma apuração dos seus gastos de operação, de maneira diferente ao que se fazia na contabilidade, pois as informações ali contidas não proporcionavam elementos de análise da maneira como ocorria nos processos de linha de produção.
Esse problema dificultava as análises dos gestores, além de provocar distorções nos gastos que estavam sendo apresentados. Era preciso desenvolver ferramentas que pudessem proporcionar uma leitura mais adequada das atividades operacionais, para que, enfim, as decisões a serem tomadas tivessem maior grau de precisão.
Conceitualmente, a contabilidade de custos pode ser definida como uma derivação da contabilidade geral ou financeira, cujas informações vão servir às diversas áreas ou aos diversos departamentos de uma organização, com vistas a municiar os gestores para tomar as decisões de ordem estratégicas ou operacionais.
Dessa forma, a contabilidade de custos possui forte aderência com a contabilidade financeira. Esse fato pode ser verificado nos princípios fundamentais da contabilidade, em que as regras seguidas na contabilidade financeira são também observadas na contabilidade de custos, o que dá um caráter de uniformidade no tratamento dos dados e das informações.
O que de concreto pode trazer a contabilidade de custos afinal? Em termos objetivos, a contabilidade de custos aborda: o dimensionamento dos custos de insumos no processo de produtivo; a apuração dos custos nas diversas áreas nas organizações; o fluxo de operação; o suporte nas diretrizes de redução de gastos; a elaboração dos orçamentos.
Esses objetivos se justificam em razão de as organizações buscarem maior espaço no mercado, buscarem vantagens competitivas ou até mesmo trazerem inovações seja na elaboração produto, seja na forma de se operacionalizar. Vale lembrar que a ausência de dados ou informações pode levar a decisões equivocadas dos gestores ou sobre o produto ou sobre a empresa.
Diante das considerações sobre a contabilidade de custos, como se dá a formação dos gastos na empresa? O processo de formação dos gastos nas organizações pode ser muitas vezes complexo na sua execução, mas simples no que diz respeito à ideia.
Então vamos lá! Se nos reportarmos ao caso da Best Foods, verificaremos que a empresa está em atividade há vinte anos. Nesse caso, houve duas variáveis fundamentais para que a empresa passasse a existir: a primeira diz respeito à vontade de empreender algo, em que foi identificada a oportunidade de se viabilizar uma empresa de processamento de alimentos, pois havia uma expectativa de demanda do produto a ser oferecido pela empresa; na segunda, houve a necessidade de produzir.
As duas variáveis ajudaram a formar a Best Foods. Para que isso ocorresse, foi necessário fazer investimentos para estruturar a empresa, com a escolha de local, a aquisição de equipamentos, a contratação de pessoas, além da aquisição de matéria-prima para elaborar o produto a ser vendido, dentre outras ações.
A formação dos gastos se inicia quando há a expectativa de consumo com a vontade de fazer. Com a consolidação da unidade produtiva, no caso a Best Foods, os proprietários fazem os investimentos necessários, e, no dia a dia da empresa, os gastos operacionais devem ser custeados pelo fluxo de entrada de capital na empresa.
É no contexto dos gastos operacionais que a contabilidade de custos apresenta suas significativas contribuições no sentido de evidenciar alguns fatos, a partir do uso de ferramentas de gestão, da composição dos gastos, da relação com o fluxo de atividade da empresa, além de fornecer subsídios para se avaliar o desempenho em certo período.
O ponto de partida passará pelo entendimento do ramo no qual a organização atua, por exemplo: uma atividade do setor industrial ou uma atividade do setor de serviços. É importante ressaltar que tanto um quanto outro setor apresentam diversas ramificações e particularidades.Caberá ao gestor compreendê-las e adequar as terminologias dos gastos ao plano de contas da empresa.
Vejamos então o que seriam essas terminologias!
Muitas vezes termos como custo, despesas, gastos, investimentos são vistos como não dissociados, ou seja, são tratados como se fossem a mesma coisa. Afinal, a empresa não terá que pagar por tudo isso? Mas com a contabilidade de custos a proposta é separar esses termos, pois ao final isso vai influenciar nas decisões gerenciais.
É uma maneira de organizar os dados do patrimônio a fim de permitir a interpretação. Além dessa separação que deve ser feita, as entidades mensuram a performance obtida dentro de um determinado período. A contabilidade as classifica como elementos de resultados, ou seja, tudo o que a empresa gera de faturamento e todo o gasto gerado em função das atividades propiciarão um resultado positivo ou negativo.
Nesse contexto, os eventos financeiros gerados pelas entidades devem ser registrados em sua contabilidade, obedecendo aos princípios que regem essas contabilizações, de maneira que possam atender aos preceitos da evidenciação aos quais toda entidade está obrigada a proceder no tocante ao processo de prestação de contas.
De que maneira, então, as entidades fazem essas evidenciações? As demonstrações financeiras correspondem ao caminho pelo qual se apresenta essa “prestação de contas” das entidades para a sociedade. Trata-se de uma representação monetária, de forma estruturada, sobre as transações realizadas por uma entidade a cada período.
Em razão disto, a legislação brasileira, especificamente na Lei n. 6.404/1976, estabelece um conjunto de regras sobre essa “prestação de contas” das entidades, em que as demonstrações financeiras obrigatórias ou facultativas, a partir do formato definido pela lei, dependem da natureza jurídica das entidades bem como da finalidade social na qual essas entidades estão enquadradas.
Dentre as demonstrações financeiras previstas na legislação, o Balanço Patrimonial e o Demonstrativo do Resultado do Exercício são as principais fontes de informações, quando da contabilidade de custos, pois neles é que estão contidos dados e informações pregressas, que possibilitam ao gestor compreendê-las para prospectar o futuro.
Portanto, percebemos que a contabilidade é a base para as discussões dos assuntos relacionados às finanças. O sucesso no gerenciamento dos custos de uma entidade passará pelo nível de conhecimento que o gestor possa vir a ter com os aspectos contábeis relacionados à atividade das organizações.
Compreendendo, então, o papel da contabilidade como um todo, por que estudar a contabilidade de custos? Cada vez mais as organizações dependem do acesso rápido às informações. Esse tempo de resposta deve ser cada vez mais curto, razão pela qual deve haver rapidez no processamento das informações.
Se as estratégias adotadas pelas empresas requerem uma ação mais rápida, então o fluxo de circulação das informações deve ser cada vez maior. Entretanto, os fatores de extrema importância serão a qualidade das informações que circulam e a qualidade da interpretação destas por parte dos profissionais no exercício de suas atividades nas organizações.
É neste contexto que surgiu a contabilidade de custos: ela nasceu da necessidade de as indústrias estabelecerem uma apuração dos seus gastos de operação, de maneira diferente ao que se fazia na contabilidade, pois as informações ali contidas não proporcionavam elementos de análise da maneira como ocorria nos processos de linha de produção.
Esse problema dificultava as análises dos gestores, além de provocar distorções nos gastos que estavam sendo apresentados. Era preciso desenvolver ferramentas que pudessem proporcionar uma leitura mais adequada das atividades operacionais, para que, enfim, as decisões a serem tomadas tivessem maior grau de precisão.
Conceitualmente, a contabilidade de custos pode ser definida como uma derivação da contabilidade geral ou financeira, cujas informações vão servir às diversas áreas ou aos diversos departamentos de uma organização, com vistas a municiar os gestores para tomar as decisões de ordem estratégicas ou operacionais.
Dessa forma, a contabilidade de custos possui forte aderência com a contabilidade financeira. Esse fato pode ser verificado nos princípios fundamentais da contabilidade, em que as regras seguidas na contabilidade financeira são também observadas na contabilidade de custos, o que dá um caráter de uniformidade no tratamento dos dados e das informações.
O que de concreto pode trazer a contabilidade de custos afinal? Em termos objetivos, a contabilidade de custos aborda: o dimensionamento dos custos de insumos no processo de produtivo; a apuração dos custos nas diversas áreas nas organizações; o fluxo de operação; o suporte nas diretrizes de redução de gastos; a elaboração dos orçamentos.
Esses objetivos se justificam em razão de as organizações buscarem maior espaço no mercado, buscarem vantagens competitivas ou até mesmo trazerem inovações seja na elaboração produto, seja na forma de se operacionalizar. Vale lembrar que a ausência de dados ou informações pode levar a decisões equivocadas dos gestores ou sobre o produto ou sobre a empresa.
Diante das considerações sobre a contabilidade de custos, como se dá a formação dos gastos na empresa? O processo de formação dos gastos nas organizações pode ser muitas vezes complexo na sua execução, mas simples no que diz respeito à ideia.
Então vamos lá! Se nos reportarmos ao caso da Best Foods, verificaremos que a empresa está em atividade há vinte anos. Nesse caso, houve duas variáveis fundamentais para que a empresa passasse a existir: a primeira diz respeito à vontade de empreender algo, em que foi identificada a oportunidade de se viabilizar uma empresa de processamento de alimentos, pois havia uma expectativa de demanda do produto a ser oferecido pela empresa; na segunda, houve a necessidade de produzir.
As duas variáveis ajudaram a formar a Best Foods. Para que isso ocorresse, foi necessário fazer investimentos para estruturar a empresa, com a escolha de local, a aquisição de equipamentos, a contratação de pessoas, além da aquisição de matéria-prima para elaborar o produto a ser vendido, dentre outras ações.
A formação dos gastos se inicia quando há a expectativa de consumo com a vontade de fazer. Com a consolidação da unidade produtiva, no caso a Best Foods, os proprietários fazem os investimentos necessários, e, no dia a dia da empresa, os gastos operacionais devem ser custeados pelo fluxo de entrada de capital na empresa.
É no contexto dos gastos operacionais que a contabilidade de custos apresenta suas significativas contribuições no sentido de evidenciar alguns fatos, a partir do uso de ferramentas de gestão, da composição dos gastos, da relação com o fluxo de atividade da empresa, além de fornecer subsídios para se avaliar o desempenho em certo período.
O ponto de partida passará pelo entendimento do ramo no qual a organização atua, por exemplo: uma atividade do setor industrial ou uma atividade do setor de serviços. É importante ressaltar que tanto um quanto outro setor apresentam diversas ramificações e particularidades.Caberá ao gestor compreendê-las e adequar as terminologias dos gastos ao plano de contas da empresa.
Vejamos então o que seriam essas terminologias!
Muitas vezes termos como custo, despesas, gastos, investimentos são vistos como não dissociados, ou seja, são tratados como se fossem a mesma coisa. Afinal, a empresa não terá que pagar por tudo isso? Mas com a contabilidade de custos a proposta é separar esses termos, pois ao final isso vai influenciar nas decisões gerenciais.
Para entender melhor essas questões, na contabilidade de custos a terminologia “gastos” se refere aos desembolsos necessários para se adquirir um bem ou um serviço, ou até mesmo realizar investimentos. Em linhas gerais, toda a saída de dinheiro do “bolso” da empresa se caracteriza como gasto.
O custo, por sua vez, se caracteriza como um gasto necessário para se produzir um produto ou serviço, ou seja, são gastos que estão envolvidos diretamente na concepção do produto da empresa. Por exemplo, a matéria-prima no setor de produção: para produzir o produto, é necessário que haja essa matéria-prima, a qual, portanto, será um custo, pois é essencial para que o produto possa existir.
O desembolso se refere ao pagamento propriamente dito da aquisição do bem ou serviço. Esse fato pode ocorrer antes ou depois da utilização do bem ou do serviço. No tocante às perdas, podem ser definidas como uma anormalidade decorrente de um processo executado de forma errônea, que pode gerar um gasto inesperado, como, por exemplo, mercadorias vencidas no estoque.
A despesa, por sua vez, define-se como um gasto que pode estar atribuído ou não ao processo produtivo da empresa, podendo ter um papel secundário no processo produtivo ou ser um gasto destinado às áreas de apoio nas empresas. As despesas com material de escritório são características de setores que não estão diretamente ligados ao processo produtivo. Os investimentos também são definidos como um gasto.
Entretanto, gastos dessa natureza são destinados para estruturação da empresa, com durabilidade maior, não sendo adquiridos com a finalidade de venda no curto prazo, como ocorre com os estoques da empresa. São bens ativos que podem ser depreciados, amortizados ou sofrerem baixas em razão do seu uso contínuo.
Como se pode observar, a palavra “gasto” é um termo genérico para designar custo, despesas e investimento. Porém, isso pode gerar confusão quando as discussões forem no âmbito de empresas de serviços, pois a contabilidade de custos nasce de uma necessidade na indústria, mas os conceitos foram adaptados para outros setores não industriais.
1. Os gastos são elementos necessários para o funcionamento de uma empresa. Quando bem administrados, podem se tornar um poderoso aspecto de vantagem competitiva para as organizações. Entretanto, a necessidade de classificá-los é o ponto de partida para se entender o que ocorre na empresa. Com base no exposto, podemos considerar que os gastos são classificados como:
a) Custo e desembolso
b) Despesa, investimento, desembolso, custo e perda. Correto
c) Desembolso e investimento.
d) Perda, investimento e despesa.
e) Custo, investimento, despesa e perda.
2. Certa empresa do ramo de eventos vai realizar um congresso durante três dias em um hotel. Foi elaborada uma planilha que envolveu os gastos do evento e do escritório como:
I) palestrantes;
II) hospedagem;
III) salários mensais;
IV) alimentação funcionários; e
V) serviços públicos.
Diante dessas informações, assinale a alternativa correta:
a) Os itens I, II e V se referem aos custos.
b) Os itens II e IV se referem às despesas.
c) Os itens I, II, III se referem aos custos.
d) Os itens III e V se referem às despesas. Correto
e) Apenas os itens II e IV se referem aos custos.
3. O nível do tráfego de informações vem aumentando a cada período nas organizações. A rapidez com que circulam as informações requer das empresas que haja instrumentos que permitam processar dados e informações, a fim de consolidar as estratégias de ação no mercado. Dessa forma, a contabilidade de custos será fundamental para:
a) Estabelecer controles consistentes e monitorar a evolução dos custos. Correto.
b) Integrar parte do sistema de estoque e as despesas ao sistema de custos.
c) Controlar apenas as despesas, pois ocorrem mesmo quando não há vendas.
d) Integrar as despesas e os investimentos apenas ao sistema contábil.
e) Estabelecer controles flexíveis como medida econômica.
Fonte: https://groups.google.com/forum/#!topic/alunos-adm-turma-d/Pevh94zBWHY
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