- Clássica e Científica, com os precursores Frederick W. Taylor e Henri Fayol;
- Comportamental ou Humanística, com os precursores Alfred Chandler, Tom Burns e G. M. Stalker e Abraham Maslow, MacGregor e Likert;
- Neoclássica, com os precursores Peter F. Drucker, Willian Newman, Ernest Dale e Ralph C. Davis, Louis Allen e George Terry;
- Contigencial, com os precursores Alfred Chandler, Tom Burns e G. M. Stalker e Paul Laurence e Jay Lorsch;
- Desenvolvimento organizacional, com Leland Bradford;
- Nova administração, com Idalberto Chiavenato e Geraldo Caravantes.
Abordagem Clássica e Científica
Os precursores da abordagem clássica e científica foram Frederick W. Taylor (1856-1915), com sua obra Shop Management (Gerência de Fábrica), lançada em 1903 que dá início à Escola da Administração Científica.
Também Henri Fayol (1841/1925), com seu trabalho Administracion Industrielle et Generale, publicado em 1916, origina a Teoria Clássica da Administração.
Segundo Chiavenato (2003 p. 48), ambos partiram de pontos de vistas diferentes, apesar de não terem se comunicado. Em função dessas duas correntes, formaram as bases da Abordagem Clássica da Administração, desdobrada em duas orientações diferentes: a científica (formada por engenheiros) e outra corrente formada por anatomistas e fisiologistas da administração.
Henry Ford foi um importante engenheiro americano. Nasceu em 30 de julho de 1863, na cidade norte-americana de Springwells; faleceu em 7 de abril de 1947. Produziu seu primeiro automóvel em 1892.
Ford se preocupou com os custos finais do produto, buscando, assim, na produção em escala, definir uma linha de montagem, onde seus custos possibilitaram produzir mais e vender mais barato.
Com esse modelo de produção em massa, os funcionários cumpriam pequenas etapas no processo de produção, e não se exigia qualificação, que aumentava seus custos.
Esse processo de produção pode ser entendido melhor assistindo o filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin, onde se verifica a falta de qualificação na produção e o ato contínuo e repetitivo na mão de obra empregada na produção.
O fordismo foi substituído, na década de 80 do século XX, pelo Toytismo, que modificou consideravelmente o sistema de produção colocando custos e qualidade como metas principais.
Principais focos das abordagens Científicas e Clássicas:
Científica
Preocupações primordiais:
- Estudo do tempo padrão de produção;
- Supervisão funcional;
- Padronização de ferramentas e instrumentos;
- Delineamento da rotina de trabalho;
- Planejamento de tarefas e cargos;
- Tarefas associadas a prêmios.
Teoria Clássica
As principais atividades do corpo empresarial:
- Técnica: produção de bens ou de serviços;
- Comercial: compra, venda e troca;
- Financeira: procurar e aplicar capital;
- Segurança: proteção da propriedade e das pessoas;
- Contábil: registros, balanços, custos e estatística;
- Administrativa: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.
Comportamental ou Humanística
O foco principal é o homem na organização e seu bem-estar. O comportamento humano nas organizações levou vários autores, como Herbert Alexander Simon (precursor da teoria humanística), seguido por G. M. Stalker, Douglas MacGregor e Rensis Likert a estudar com mais profundidade o impacto no microambiente do trabalho sobre o operário, com relação ao seu bem-estar e a produtividade.
Outro expoente na abordagem humanística foi Abraham Harold Maslow, nascido no Brooklyn, NY, em 1/4/1908 e falecido em 8/6/1970; foi um dos fundadores da Psicologia Humanística nos anos de 1960, autor da Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow, onde apresenta o homem autorrealizado em suas necessidades básicas.
Dentre esses estudos, destacam-se também a preocupação da interação do homem no meio organizacional. A importância dada aos grupos, sua interação, motivação em equipe, liderança, comunicações e disseminação de informações e dinâmica de grupo (Chiavenato, 2003).
Abordagem Neoclássica
O verdadeiro papel do administrador, sua prática, cumprimento de objetivos, propositura de realizações, foco de resultados, são as premissas básicas nesta abordagem.
A principal referência é Peter F. Drucker, com a preocupação maior de formatar a empresa, com suas características funcionais e operacionais. Outros expoentes na Teoria Neoclássica são: Willian Newman, Ernest Dale, Ralph C. Davis, Louis Allen e George Terry.
Mais à frente, vocês aprofundarão mais no tema do sistema organizacional, seus tipos e características.
Abordagem Contingencial
Primeiramente, vamos definir a palavra contingência. Segundo o dicionário Aulete Eletrônico é eventual, temporário, contingente.
Os pioneiros da Teoria Contingencial são Alfred Chandler, Tom Burns e G. M. Stalker, Paul Laurence e Jay Lorsch.
Segundo Chiavenato (2000, p. 498), “A abordagem contingencial salienta que não se alcança a eficácia organizacional seguindo um único e exclusivo modelo organizacional[...]”. Isso quer dizer que um modelo específico de uma empresa X, não necessariamente será validado ou terá resultados
positivos pelo fato de ter dado certo na empresa Y, diz ainda: “Diferentes ambientes requerem diferentes desenhos organizacionais”.
Cada empresa ou organização moldará seu próprio modelo, que atenda às necessidades operacionais, de acordo com seus recursos, sejam tecnológicos, humanos e financeiros.
A teoria da Contingência realça a necessidade da responsabilidade ambiental, a resposta do funcionário no que tange a capacidade evolutiva, flexibilidade e facilidade de adaptação aos ambientes internos, focando principalmente estas capacidades ante a evolução tecnológica e sua implementação dentro da empresa.
Desenvolvimento Organizacional
Toda organização, seja de pequeno, médio ou grande porte, tende-se a aprimorar e buscar o desenvolvimento e crescimento.
Para tanto, várias situações podem conflitar para se atingir tais objetivos, como por exemplo, mudanças na cultura organizacional da empresa, que passa a ser um processo lento e trabalhoso em sua implantação. Para explorar a capacidade e potencialidade de seu conjunto interno (recursos – pessoas) é necessário transpor tais obstáculos, senão há o risco de fracasso.
A mudança organizacional planejada deve ser feita de forma participativa e democrática, é importantíssima essa cooperação entre departamentos e pessoas que participam da organização. Essa interação independe dos níveis de seu servidor na empresa, onde se apresenta uma variedade muito grande de culturas, desde crenças, lideranças, relacionamento e comportamentos diversos; por isso, a necessidade de ser de forma participativa.
Vale aqui destacar outras situações: administração de conflitos internos através de negociações, descentralização de decisões, responsabilidade dimensionadas em grupos, necessidade de contínua adaptação, desenvolvimento em equipes.
Vários autores se destacaram com obras no assunto, como Richard Bekhard e Leland Bradford, entre outros.
Nova Administração
Várias são as perspectivas da administração no futuro, em função da tecnologia e, cada vez mais, pela rapidez e fluidez da informação.
A capacidade de o homem interagir com as mudanças, com a tecnologia e, acima de tudo, a sustentabilidade social é o principal escopo para a nova administração.
“A teoria administrativa tradicional não contempla o bem-estar das pessoas e parte dos executivos está voltada para eficiência e eficácia e esquecem o seu próprio bem-estar e das pessoas que estão ao redor, já a nova administração tem três objetivos: viver, viver bem e viver melhor”, explica Geraldo Caravantes.
No mundo global, fusões de empresas e a expansão do mercado exigem cada vez mais a adequação de novas fórmulas para a organização.
A quebra de barreiras e fronteiras das comunicações e da velocidade da informação requer contínua quebra de paradigmas organizacionais, e um posicionamento holístico com a realidade atual.
Para finalizar deixamos à vocês um vídeo Tempos modernos, de Charles Chaplin, que proporcionará a você uma noção exata, do mecanicismo, da fadiga humana, da capacitação operária da época, e poderá fazer um juízo melhor das teorias da unidade de hoje.
Nenhum comentário:
Postar um comentário