“Nós somos o que repetidamente fazemos. Excelência, então, não é um ato, mas um hábito.” A frase é do célebre filósofo grego Aristóteles, aluno de Platão.
Como seres humanos, teríamos dificuldade de funcionar sem os hábitos. Eles são as maneiras padrão como pensamos e agimos. Nos dão o conforto da regularidade e, normalmente, permitem que libertemos nossa mente e estejamos mais engajados em outras atividades.
Todos nós desenvolvemos hábitos ao longo do tempo. Eles são moldados pelo condicionamento social, pelas experiências pessoais e pelo modo como assimilamos as coisas em nossa mente. Uma vez formados, esses costumes se tornam os padrões automatizados que seguimos. Cada um de nós tem milhares deles, mas, em grande parte, estamos inconscientes de que são responsáveis por guiar a maneira como conduzimos a vida todos os dias.
No entanto, nem todo hábito é produtivo. Muitos são destrutivos e tão capazes de nos influenciar quanto os positivos. Eles nos levam a fazer tudo do nosso próprio jeito, tropeçar em momentos críticos, desistir cedo demais ou não tentar.
Em três décadas de trabalho em grandes organizações, descobrimos que existem cinco hábitos destrutivos que, em certa medida, prejudicam a carreira de uma pessoa. Basta olhar ao seu redor – as probabilidades de identificá-los são excepcionalmente altas. Alguém sentado a uma distância de 10 metros de você tem, com certeza, alguns desses costumes. Você mesmo pode tê-los sem perceber.
Veja, 5 hábitos que podem destruir uma carreira e como mudá-los:
Pensamento vitimista
Considere o que diz o autor Charles Swindoll: a vida é 10% o que acontece e 90% como você responde aos acontecimentos. A descoberta é que pessoas com pensamento vitimista geralmente respondem de maneira limitante. Elas são muito rápidas em colocar a culpa no outro, apontar o dedo e racionalizar por que eles não conseguem. As desculpas fluem prontamente. A racionalizações rapidamente segue as desculpas e, em pouco tempo, elas se convencem de que não há como ter sucesso. Quem possui este hábito muitas vezes não tem a sensação de estar no controle e, portanto, pode desistir cedo e com frequência.
Inflexibilidade
Como seres humanos, nos sentimos confortáveis com o que é conhecido – isso oferece a segurança de não ter que assumir um risco ou se isolar no limbo. De acordo com Benjamin Franklin, “neste mundo, nada pode ser dito como certo, exceto a morte e os impostos”. A inevitabilidade da mudança também é certeira. Não importa a resistência, nada permanece igual para sempre. Você pode lutar contra esse fato, mas provavelmente morrerá cansado. A transformação é uma guerreira vitoriosa.
Pensamento negativo
Há apenas duas coisas sobre as quais temos controle total na vida: aquilo que escolhemos pensar e aquilo que escolhemos fazer. Coisas ruins acontecem, problemas surgem e quase sempre nada sai perfeitamente como o planejado . Estes são os fatos simples da vida. Quando os problemas surgem, podemos reclamar sobre a situação – isso é o que quem pensa de forma negativa costuma fazer – ou podemos buscar a perspectiva mais clara e fortalecedora. É uma escolha que faz a diferença.
Ter esperança x esperar
A esperança é uma dádiva. Isso nos mantém positivos e nos ajuda a seguir em frente. Mas, em parceria com a espera, podemos ficar estagnados. Podemos esperar ganhar na loteria, mas se ficamos esperando para comprar o bilhete, de nada valerá a esperança. Permanecer na lateral e aguardar que alguém resolva um problema ou faça algo melhor é um caminho infalível para a mediocridade na carreira.
Temer o pior
Na vida, nem sempre conseguimos o que merecemos. Mas é normal acontecer o que esperamos. Nossas expectativas podem se tornar profecias auto-realizáveis (independentemente de serem positivas ou negativas). Henry Ford dizia que “se você acha que pode ou acha que não pode, você está certo”. Os médicos também estão familiarizados com isso – é o efeito placebo. Os pacientes podem escapar da dor, até mesmo se curar das condições de uma doença, simplesmente porque esperam que o remédio seja uma nova droga milagrosa (embora não passe de uma pílula de açúcar).
Como mudar um hábito negativo – Passo 1
O primeiro passo é apenas estar ciente de que temos esses costumes. O reconhecimento é fundamental, nos permite ter percepção antes de reagir como sempre reagimos.
Como mudar um hábito negativo – Passo 2
Em seguida, é preciso começar a fazer novas perguntas. Os hábitos são respostas automáticas – padrões que não exigem nenhum nível de engajamento cognitivo. Então, é preciso voltar a envolver o processo de pensamento consciente para criar novos e melhores costumes.
Para cada um dos hábitos negativos, existem perguntas simples que podem quebrar o padrão de pensamento ruim e criar um novo, produtivo e capacitador:
Pergunte a si mesmo: “O que posso fazer? Como posso abordar isso de forma diferente? ”
Dica: Há sempre um caminho melhor.
Pergunte a si mesmo: “Qual é a vantagem de dizer ‘sim’? Que oportunidades se abrem ao abraçar essa mudança?”
Dica: Há sempre uma vantagem positiva.
Pergunte a si mesmo: “Que resultados positivos existem aqui? Qual é a melhor maneira de eu olhar para isso?”
Dica: Há sempre um lado positivo.
Pergunte a si mesmo: “Se eu não fizer nada, é provável que algo melhore? Estou à vontade para permitir que os outros controlem meu destino ou é melhor eu ter certeza de que está certo?”
Dica: Estar no controle de seu próprio destino é sempre melhor.
Pergunte a si mesmo: “Que resultado eu mais gostaria de ver? O que posso fazer para garantir que tudo corra bem?”
Dica: Concentre-se no que você quer e não no que não deseja.
A maioria das pessoas não desenvolve os hábitos conscientemente. Eles são adquiridos em segundo plano e podem não ter sido influenciados pelos melhores fatores. Nossos costumes nos guiam, mas eles não precisam nos governar. Faça a escolha. Você quer desenvolver os hábitos de sucesso ou se prender nos de fracasso?
Autor: David Naylor
Fonte: https://forbes.uol.com.br/carreira/2018/12/5-habitos-que-destroem-sua-carreira-e-como-muda-los/
Fonte: https://forbes.uol.com.br/carreira/2018/12/5-habitos-que-destroem-sua-carreira-e-como-muda-los/
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